terça-feira, 21 de outubro de 2014

JUVENTUDE, TRABALHO E DIGNIDADE

A cada ano, cerca de um milhão de jovens atinge a idade de 16 anos, abrindo perspectivas para entrar formalmente no universo do trabalho. Se considerarmos que mais de 85% da população brasileira é trabalhadora, teremos então um elevado número de jovens que anualmente procuram trabalho. Os dados oficiais, porém, não são animadores porque, segundo o IBGE, ao menos 40% desses jovens não encontram trabalho. E para os que encontram “um lugar ao sol”, os salários são irrisórios, variando entre meio e dois salários mínimos, sendo que a média gira em torno do mínimo nacional.

O quadro se agrava quando olhamos o resultado do modelo de educação em que a maioria dos jovens que findam o Ensino Médio não alcança a média aceitável do aprendizado: “Quase metade dos 2,6 milhões de alunos que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 teve notas inferiores a 500 pontos estabelecidos como média pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova, em todas as quatro áreas avaliadas” (Estado de São Paulo de 29 de janeiro de 2010). Com isto não conseguem ter o discernimento necessário a um bom desempenho no contexto de sua vida pessoal, familiar, de trabalho e política. Perguntamos: O que fazem, em geral, os jovens que buscam trabalho e não encontram? O que o mundo capitalista lhes oferece? Que perspectiva de vida feliz terão?

A exploração do trabalho

Outro fator a ser considerado é que os trabalhadores produzem a riqueza do país, porém, esses que produzem ficam com parte insignificante da distribuição da renda gerada, insuficiente para manter sua vida e a vida de sua família com um mínimo de dignidade. A economia que vigora no mundo capitalista é concentradora de riquezas nas mãos de uns poucos e multiplicadora de miséria para a imensa maioria. Com a chegada do neoliberalismo, essa concentração se intensificou. Tal fator se agrava quando entendemos que os estados estão organizados em função do capital e não do bem-estar do povo. Assim, todo planejamento nacional se faz em torno dos interesses das grandes empresas, em detrimento da qualidade da vida do povo. Nesta fase do neoliberalismo, a fome já atinge dois terços da humanidade - mais de quatro bilhões de pessoas -, segundo a ONU.

Ainda que em alguns países, por questões históricas, o padrão de vida esteja acima da maioria das nações, ali também prevalece a precária distribuição da renda, com miseráveis se amontoando pelas ruas. Nesse contexto, considerando ainda que os países imperialistas (EUA e países da União Europeia) procuram dominar nações menos poderosas, para delas extrair riquezas, as guerras se multiplicam dizimando gerações de adultos, de jovens e de crianças. Enquanto que, internamente, com o campo aberto ao tráfico de drogas, verdadeiras guerras civis são travadas. E a juventude é a mais atingida, principalmente os pobres e negros.

Ser humano, a prioridade

Sem trabalho ou com sua supererxploração, o que o mundo capitalista deixa para a imensa maioria da juventude é uma vida com menos perspectivas, embora continue a lhes oferecer um paraíso aqui na terra, se consumirem seus produtos, enquanto nega-lhes os meios para adquiri-los. Não é por menos que presenciamos jovens alienados, desesperados, sem sequer compreender o que se passa e quais as causas da sua marginalização e miséria.

O desafio que se coloca é como desenvolver um amplo trabalho de conscientização e de organização da juventude, visando a prepará-la para exigir profundas mudanças estruturais, como no caso do Brasil. O presente e o futuro estão nas mãos da juventude e está precisa se capacitar para exercer seu protagonismo no mundo da cultura, do trabalho, da economia e da política (no seu amplo sentido, não unicamente partidário). É preciso repensar a organização e a função do trabalho, colocando o ser humano como o destinatário de toda a produção e não o ser humano a serviço da produção. Repensar a organização da nação, tendo seus poderes sob controle popular e voltado, em primeiro lugar, para o bem comum.

Palavras-chave: Selecione Juventude, trabalho e dignidade Artigo sobre juventude e trabalho.


Waldemar Rossi - metalúrgico aposentado e membro da Pastoral Operária da arquidiocese de São Paulo. walderossi@ig.com.br. Jornal Mundo Jovem.

Fonte: http://www.mundojovem.com.br/artigos/juventude-trabalho-e-dignidade

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

DIVERSIDADE ETNICO-CULTURAL

TEORIAS ANTROPOLÓGICAS

Josuel de Souza Ferreira[1]        




           Bem, as Teorias Antropológicas clássicas e contemporânea que constrói sua história a partir da segunda metade do século XIX. Como sabemos, a Antropologia é a ciência que estuda o homem, e sua cultura e suas relações sociais. Por tanto, se as Teorias convergiam e coincidiam, divergiam e se afastavam em algum ponto, sendo estas teorias desenvolvidas na Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha, cabe a cada um de nós que estudamos a aprimorar os nossos conhecimentos sobre a antropologia nos seus mais diversos contextos. A antropologia, como ciência da modernidade, coloca seu aparato teórico construído no passado, com possibilidade de, no presente, explicar e compreendermos os movimentos provocados pela globalização: de um lado, os processos homogeneizantes da ordem social mundial e, de outro, contrariando tal tendência, a reivindicação das singularidades, apontando para a constituição da humanidade no contexto social a qual estamos inseridos. Contudo, essa tradição é hoje alvo de controvérsias, na medida em que os fatos decorrentes da intensa transformação da realidade parecem não estar contidos em seus princípios explicativos. Nesse campo de tensão, defende-se que ora a trajetória da antropologia tem sido a de avaliar as diferenças sociais, étnicas e outras com a finalidade de proporcionar alternativas de intervenção sobre a realidade social de modo a não negar as diferenças. Estudar as culturas humanas no tempo e no espaço, temos como exemplo: Etnografia, que é um ramo da ciência da cultura que descreve as sociedades humanas. Na antropologia, predomina-se a teoria do Evolucionismo Social. Sua principal característica é a sistematização do conhecimento das sociedades primitivas. Nascendo aqui o etnocentrismo como características evolucionistas, tendo como metodologia de estudo a etnografia que é o estudo de determinados grupos sociais passando por um julgamento de valor da cultura do outro. Com isso, vemos a importância de estudar e conhecer cada vez mais a Antropologia e essa grande diversidade cultural que temos no Brasil e no mundo.



[1] Graduando do curso de Licenciatura em Filosofia pela Universidade Cidade de São Paulo - UNICID (2014), e possui graduação em Licenciatura em Letras Português/Inglês duração plena pela FTC - Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana (2011), e Especialização em Administração Escolar, Supervisão e Orientação pela UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo da Vinci (2013), fiz também o curso do Magistério no Colégio Estadual Dom Pedro II - CEDP II. Sou professor de Língua Portuguesa, Inglesa das series do Ensino Fundamental I, II e do Ensino Médio, Redação e de Literatura da Língua Portuguesa. Tenho experiencia em Administração Escolar, Supervisão e Orientação Educacional.


REFERENCIAS

DURHAM, Eunice. Cultura e ideologia. Dados — Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro,
v. 27, n. 1, p. 71-89, 1984.

FONSECA, Claudia. Educação sem-terra. Um estudo de antropologia aplicada a um projeto de educação popular para um grupo de trabalhadores sem-terra no interior de Minas Gerais. Tese (Doutorado) — Paris V, 1982, UFRGS, 1983.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, (1973) 1978.

GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de (Org.). Antropologia e Educação: interfaces do ensino e
da pesquisa. Cadernos Cedes, Cedes/Unicamp, n. 43, ano XVIII. p. 8-25, dezembro de l997.
______. Linguagem, cultura e alteridade: imagens do outro. Cadernos de Pesquisa, n.107, p.
46-78, julho de 1999.



domingo, 17 de agosto de 2014

FILOSOFIA NA SALA DE AULA - JOSÉ RENATO SALATIEL

O que e como ensinar?

Um dos maiores dilemas dos jovens da geração internet envolve como conciliar a velocidade do mundo tecnológico e sua atenção fragmentada com o tempo do pensamento reflexivo e analítico. Para esses jovens estudantes, que vivem num mundo mais prático e ágil, é natural a pergunta "Para que serve a filosofia?"

Em Ensinar Filosofia: um livro para professores (Atta Mídia e Educação), os professores Renata Lima Aspis e Sílvio Gallo, da Unicamp, partem da constatação de que a filosofia é a disciplina mais indicada para responder às dificuldades dos jovens de se expressarem com apuro, de forma crítica e independente. Trocando em miúdos, a filosofia na sala de aula é importante para organizar as ideias e desenvolver uma postura mais ativa perante o mundo, fatores essenciais para formar cidadãos ao invés de meros consumidores.

Mas como ensinar filosofia? Esta é uma questão antiga entre acadêmicos, ainda mais para uma disciplina vista (erroneamente) como uma cansativa exposição de ilustres mortos que escreveram textos obscuros e desenvolveram pensamentos muito abstratos, desconexos com a realidade. O mérito dos autores, e do livro em particular, é apostar numa visão mais pragmática sobre o assunto. Para eles, a filosofia não pode se furtar de seu compromisso com a realidade e, como aprendizado, deve procurar estabelecer um diálogo com o cotidiano dos alunos.

Da teoria à prática

De forma clara e didática, os argumentos são ordenados em duas partes: "O que Ensinar?" e "Como Ensinar?". Na primeira parte, os autores apresentam o objetivo de ensinar não uma disciplina, entendida como corpo de saberes constituídos, mas oferecer aos jovens a filosofia como experiência. Para isso, o professor deve ir além da exposição histórica de nomes, correntes e escolas de pensamento, que pouco de proveitoso traz aos alunos. E também não pode se prender à mera discussão de tópicos, à maneira socrática.

O que orienta o conteúdo das aulas é uma perspectiva baseada na filosofia francesa contemporânea, mais especificamente a obra de Gilles Deleuze (1925-1995), que entende a filosofia como atividade de criação (e uso prático) de conceitos. Os alunos devem ser habilitados, portanto, a empregar o pensamento, os conceitos, para analisar e interferir criticamente no mundo.

Mas como fazer isso na prática? Como trazer conceitos abstratos para o dia-a-dia dos estudantes? A segunda parte do livro é dedicada, assim, à discussão de um método de ensino.

A estratégia consiste em problematizar determinados temas escolhidos para trabalhar em sala de aula. Para alunos que nunca tiveram contato com filosofia, textos de autores como Platão, Kant ou Nietzsche podem parecer, à primeira vista, um conjunto de frases sem sentido, como se os filósofos professassem um conhecimento esotérico. Em boa parte das vezes, isso acontece em razão do desconhecimento dos problemas com os quais eles estavam lidando. Os conceitos nada mais são do que ferramentas e soluções criativas para se resolver problemas atemporais, como questões referentes à descoberta da verdade, o comportamento ético ou os gostos estéticos.

Ao se escolher um tema específico, a ética, por exemplo, a proposta é o professor delimitar, junto aos alunos, um problema. "O homem possui livre-arbítrio?", digamos. A questão servirá de porta de entrada aos textos filosóficos e à história da filosofia. A partir da problematização, os alunos iriam investigar como filósofos, antigos ou modernos, trataram da questão.

Uma manobra inteligente para atrair a atenção dos alunos, antes mesmo de fazer o recorte temático, é sensibilizar os jovens, o que pode ser feito por meio de músicas ou filmes (para o problema do livre-arbítrio, por exemplo, filmes como "Minority Report - A Nova Lei" ou "Matrix").

Leituras

O "Como ensinar?", deste modo, tem como primeira etapa a sensibilização, seguida da problematização. O próximo passo, de acordo com os autores, envolve o estudo de textos filosóficos e a produção de ensaios pelos alunos. Mas será que adolescentes do Ensino Médio teriam repertório para enfrentar textos como "Metafísica", de Aristóteles, "Discurso Sobre o Método", de Descartes, ou "Crítica da Razão Pura", de Kant?

Uma coisa é certa: não se aprende filosofia prescindindo do confronto com os textos originais, com as fontes primárias. Pode parecer algo óbvio, mas é comum ver professores, na busca de melhores mediadores em sala de aula, recorrerem a manuais do tipo "O Mundo de Sofia", best-seller de Jostein Gaarder dos anos 1990. E ficarem nisso.

O que Renata Aspis e Sílvio Gallo propõem é que os alunos não somente leiam os textos dos próprios filósofos como também façam isso, inicialmente, sem qualquer aula expositiva ou material de apoio de comentadores. Segundo eles, "O texto assim explorado é mediador da relação professor/aluno, não se servirá ao papel de instrumento de poder. Então, aqui mais uma vez a filosofia é inauguração, é retorno, é atitude de aprendiz que está sempre tendo de recomeçar, para os alunos e para os professores." (p. 95).

Somente após esse primeiro contato terão lugar as aulas expositivas, que contextualizarão as obras dentro da história da filosofia.

A quarta e última etapa do método de ensino consiste na escrita de textos pelos alunos, de modo que empreguem conceitos para trabalhar problemas filosóficos. Leitura e escritas filosóficas, assim, consistem a verdadeira prática de filosofia, muito além do "decoreba" de nomes, conceitos, escolas, e pensamentos que tornam a disciplina algo tão distante para os jovens quanto a Grécia de Platão e Aristóteles, quando, na verdade, estamos mais próximos que imaginamos.

Ensinar Filosofia traz ainda uma discussão indireta e mais ampla sobre o próprio papel da educação nos dias hoje, engessada em modelos burocráticos que cada vez mais distanciam a escola das gerações hipermidiáticas. O livro discute como posicionar a filosofia politicamente em um contexto de dispersão, ausência de valores e de pensamento crítico, e também debate o próprio papel da educação nos dias atuais. O novo "chip" da escola, afinal de contas, pode ser tão velho quanto os pré-socráticos.

 
Ensinar Filosofia: um livro para professores
Renata Lima Aspis e Sílvio Gallo
Atta Mídia e Educação
100 págs.

Fonte: é jornalista e professor universitário.

FILOSOFIA NA SALA DE AULA

Como conhecer as coisas?
        
Vamos refletir sobre como aprendemos o que aprendemos? Estes dias estava em sala de aula, com mais trinta e tantos alunos quando um me perguntou: Como o professor aprendeu tanta coisa? Antes de respondê-lo me ative ao que ele queria saber por ?coisa?. Para esta palavra o aluno disse, tantas informações que o professor guarda, tanto conhecimento sobre tantos assuntos que o professor sabe.

Ai, eu mesmo me perguntei: Como chegamos ao conhecimento das coisas? Como podemos afirmar que conhecemos algo? Não seria estranho afirmar que conheço algo sem conhecê-lo de fato? Para responder a estas perguntas aos alunos daquela turma e a questões que me fiz em companhia deles chamei um mestre para nos orientar a caminhada. Este mestre é Sócrates, filósofo que viveu na Grécia antes do nascimento de Cristo.

Coloquei aos meus alunos da seguinte maneira, vamos ver como esse grande filósofo acreditava que podíamos chegar ao conhecimento das coisas. Pois acredito que a contribuição dele seria muito interessante para entendermos como conhecemos as coisas.

Vamos ver como Sócrates com a Ironia e a Maiêutica acreditava chegar ao conhecimento das coisas. Sócrates foi o filósofo grego acusado de corromper a juventude e ateísmo. Quando esteve em seu julgamento disse que a cidade tinha uma dívida para com ele. Durante seu julgamento o acusador disse que ele era acusado de ateísmo, o que Sócrates perguntou: ?Ateu é aqueles que não acreditam em Deus?? O acusador consentiu que sim, que de fato, um ateu não acreditava em Deus. Sócrates devolve a resposta com outra pergunta: ?Mas também me acusam de inserir novos deuses?? O acusador mais uma vez consente, dizendo que ele estava realmente fazendo isto. Mais uma vez Sócrates devolve: ?Não seria então contraditório acusar um homem que insere novos deuses de ateu, uma vez que ele acredita em algum Deus?? Neste momento seu acusador fica desconcertado e percebe que não tinha conhecimento do que estava falando. Assim era utilizada a ironia, uma ferramenta para conduzir uma pessoa ao entendimento da própria ignorância.

De uma forma similar utilizava a maiêutica, ferramenta através da qual acreditava conduzir os homens ao conhecimento. A partir da célebre frase ?conhece-te a ti mesmo? Sócrates acreditava pela sequência correta de perguntas qualquer um poderia chegar ao conhecimento. Assim comecei perguntando, quando é um, muitos mostraram um objeto. Depois perguntei p que aconteceria se juntássemos mais um objeto ao primeiro. Foram unânimes e dizer que teríamos dois objetos. Vejam, com as perguntas certas levei os alunos ao conhecimento da soma.

Depois de colocar esta posição socrática perguntei a alguns alunos se eles concordam que as verdades veem do intelecto. Alguns concordaram e outros não. Mas não me apeguei ao fato de o filósofo tal disse isto ou aquilo, mas ao fato de que cada um chega ao conhecimento de uma forma. Se eu perguntasse a você, como você chega ao conhecimento das coisas? Melhor do que isso, ela é eficaz?

Depois disto perguntei como eles estudavam, como buscavam chegar ao conhecimento. Alguns disseram que liam repetidamente até não esquecerem, outros disseram que faziam a mesma coisa, mas o resultado ficava aquém do primeiro. Recomendei que tentassem lembrar algo que aprenderam e como aprenderam. Depois vimos que quando sei como chego ao conhecimento não preciso bater cabeça, apenas seguir a minha maneira de aprender.

Alguns conhecem os filmes pelas músicas, assim como há aqueles que conhecem os filmes pelo nome dos atores. Existem ainda aqueles que conhecem os filmes pelos lugares onde foram filmados e assim será para cada um.

Pergunte-se, como é que você chega ao conhecimento e estará abreviando um processo que pode estar engessado pela educação, costume, senso comum, receitas prontas.

Esse é apenas um caminho!


Responsável - Rosemiro A. Sefstrom

Fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_sala.php?id=52

O POVO BRASILEIRO, DE DARCY RIBEIRO

Nesse sentido, o Brasil é a realização derradeira e penosa dessas gentes tupis, chegadas à costa atlântica um ou dois séculos antes dos portugueses, e que, desfeitas e transfiguradas, vieram dar no que somos: uns latinos tardios de alem?mar, amorenados na fusão com brancos e com pretos, deculturados das tradições de suas matrizes ancestrais, mas carregando sobrevivências delas que ajudam a nos contrastar tanto com os lusitanos.

Como se vê, estava constituída já uma fórmula extraordinariamente feliz de adaptação do homem ao trópico como uma civilização vinculada ao mundo português mas profundamente diferenciada dele. Sobre essa massa de neobrasileiros feitos pela transfiguração de suas matrizes é que pesaria a tarefa de fazer Brasil.

A assunção de sua própria identidade pelos brasileiros, como de resto por qualquer outro povo, é um processo diversificado, longo e dramático. Nenhum índio criado na aldeia, creio eu, jamais virou um brasileiro, tão irredutível é a identificação étnica.


http://www.filosofia.com.br/trecho.php

sábado, 16 de agosto de 2014

SIGNIFICADO DE ÉTICA NA FILOSOFIA

O que é Ética na Filosofia:

Ética na filosofia é o estudo dos assuntos morais, do modo de ser e agir dos seres humanos, além dos seus comportamentos e caráter. A ética na filosofia procura descobrir o que motiva cada indivíduo de agir de um determinado jeito, diferencia também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem.

A ética na filosofia estuda os valores que regem os relacionamentos interpessoais, como as pessoas se posicionam na vida, e de que maneira elas convivem em harmonia com as demais. O termo ética é oriundo do grego, e significa “aquilo que pertence ao caráter”. A ética diferencia-se de moral, uma vez que, a moral é relacionada a regras e normas, costumes de cada cultura, e a ética é o modo de agir das pessoas.

Para a filosofia clássica, a ética estudava a maneira de buscar a harmonia entre todos os indivíduos, uma forma de conviver e viver com outras pessoas, de modo que cada um buscasse seus interesses e todos ficassem satisfeitos. A ética na filosofia clássica abrangia diversas outras áreas de conhecimento, como a estética, a psicologia, a sociologia, a economia, pedagogia, política, e etc.

Com o crescimento mundial e o início da Revolução Industrial, surgiu a ética na filosofia contemporânea. Diversos filósofos como Sócrates, Aristóteles, Epicuro e outros, procuraram estudar a ética como uma área da filosofia que estudava as normas da sociedade, a conduta dos indivíduos e o que os faz escolher entre o bem e o mal.

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SIGNIFICADO DE FILOSOFIA

O que é Filosofia:

Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.

Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.

A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.

A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionado a questões como a ética.

Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.

De acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das Ideias, do verdadeiro conhecimento caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência. Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser divido em três categorias, de acordo com a conduta do ser humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicologia), conhecimento prático (política e ética) e conhecimento poético (poética e economia).

Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias ou atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia reggae" etc.

Origem da Filosofia

A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela altura, a Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo. Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos começaram a procurar respostas fora da mitologia grega. Essa atitude de reflexão que busca o conhecimento significou o nascimento da Filosofia.

Antes de surgir o termo filosofia, Heródoto já usava o verbo filosofar e Heráclito usava o substantivo filósofo. No entanto, vários autores indicam que Tales de Mileto foi o primeiro filósofo (sem se descrever como tal) e Pitágoras foi o primeiro que se classificou como filósofo ou amante da sabedoria.

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